Depois da visita a um antigo campo de concentração em território francês e a um museu / memorial em Esch-sur-Alzette, no Luxemburgo, hoje continuamos na temática sobre a Segunda Guerra Mundial e partimos à descoberta de um forte militar que serviu de base às forças nazis.
Construído pelos alemães aquando da ocupação daquela região (Moselle) entre 1899 e 1906, foi defendido por uma guarnição de cerca de 2000 soldados. Durante a Primeira Guerra Mundial os combates nunca chegaram a este local, passando o forte a fazer parte da “Linha Maginot” (André Maginot, político e ministro da guerra, deu nome a uma linha de fortificações de defesa construída pela França ao longo das suas fronteiras com a Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Suíça e Itália, no período 1920-1930) durante a década de 30 do século passado. Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, voltou às mãos dos alemães, até ser libertado pelo exército americano em 1944. Construído nas entranhas de um monte sobre a cidade de Thionville – sobre a qual se tem uma visão privilegiada e estratégica –, o forte é constituído por duas baterias couraçadas, cada uma contendo quatro canhões, uma caserna central de quatro andares, duas casernas secundárias e cerca de 3km de galerias e passagens subterrâneas. Uma segunda linha de cavernas foi construída em 1913.
Da visita guiada, realizada por um guia francês fardado com um uniforme militar alemão do início do século XX, pudemos ver as camaratas onde dormiam em camas de rede, a cozinha com os seus tachos e panelões tamanho XXXL, o forno, a sala de comunicações, a zona de banhos, a sala das armas, os canhões e os seus projécteis, as plataformas de tiro, os imponentes e potentes motores que punham todo o complexo a trabalhar, uma réplica do míssil «V1» (construído secretamente em Thil, local que já anteriormente mencionamos) e as salas-museu, com motas, espingardas, bombas, granadas, plantas de guerra, fardas, capacetes, bandeiras, documentos e mais um sem número de objectos recuperados após o final da II Guerra. Foi-nos dado ainda a conhecer o engenhoso sistema de canalizações que os alemães usavam para arrefecer os enormes motores, cujos canos percorriam todo o complexo, servindo assim para aquecer as divisões mais importantes do forte, e levavam ainda água quente aos balneários. Apesar de ser um povo pelo qual mesmo hoje não nutro qualquer tipo de simpatia, a verdade é que mesmo assim tem que se reconhecer o engenho e a inteligência daquela gente (22-05-2011).
Site intéressant. Continuez d'écrire!
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