Criado em 1990, o museu acolhe a colecção de ferros de passar de um coleccionador particular (Sr. Jean-Pierre Zuccali). Quando deixou de ter espaço suficiente para guardar todas as suas peças, o coleccionador decidiu pedir ao município um local para expor tudo o que tinha. Aquando do falecimento do Sr. Zuccali, e temendo a dispersão deste imenso espólio, o Ministério da Cultura e da Comunicação atribuiu uma subvenção excepcional ao município de Longwy para comprar a colecção em definitivo.
Esta trata-se da maior colecção do género na Europa (e provavelmente no mundo), contando com mais de 3700 ferros de passar. As suas peças representam a história do ferro desde o Séc.XV até aos dias de hoje. Lá estão representados todos os materiais de fabricação: pedra, vidro, ferro forjado, bronze e alumínio. A diversidade das peças expostas traduz a evolução das técnicas e das energias empregadas. A peça mais antiga é um ferro francês do Séc.XV, mas pelas vitrinas e prateleiras do museu podem-se ver ferros de quase toda a Europa (algumas verdadeiras obras de arte), da América, do Egipto, da China e da Índia. Se os ferros a carvão (brasas) fizeram parte da infância de muitos nós, ver ferros a gás, a gasolina ou a álcool já foi uma grande novidade. E se a maioria era ferros de passar roupa normal, também havia ferros cujas finalidades eram bem mais específicas (e até estranhas!), como ferros de passar apenas tecidos, gravatas, chapéus, punhos e colarinhos e até sapatos. Consenso entre os presentes: a peça mais bizarra de todas tratou-se de um ferro egípcio do Séc.XVIII que pesava 18kg, que apenas podia ser manipulado por homens e que em vez de ser usado com as mãos – como manda a lógica –, eram utilizados com um pé descalço.
Por incrível que pareça, foi um dos museus que mais gostamos de visitar até hoje. E se a início encaramos a possibilidade da visita com alguma ironia, a verdade é que depois da visita guiada ficamos encantados (26-10-2011).
Sem comentários:
Enviar um comentário